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Não sei amar


Não sei mais ficar esperando ligação, palavras e afetos de gente que resolveu se afastar. Eu vejo muita gente indo, poucos voltando e aos que ficaram de vez do lado oposto eu apenas aceito. Eu já não sinto saudade, aperto ou apego. Eu sinto alivio! Estou leve, de alguma maneira.  Sei muito bem o que dizer, sei quando andar e por onde ir. Talvez eu não saiba mais amar.

Eu nunca soube amar

Nunca medi e nem senti pouco, sinto tanto por tantos e com tudo. Sempre fui intensa, sentir por completo. E sentir tanto me fez mais leve, eu não me arrependo de sentir, sinto até pena de quem despreza todo o amor que eu quero oferecer, mas se não quiser esse amor é só falar, tem muita gente sem amor vagando por ai, gente que realmente se importa um pouco com o sentimento. Então adeus, já que eu nunca soube amar.

Talvez seja amor, mas eu nunca soube amar e mesmo assim fui amando...

Isso também é amor

Eu odeio
você e esse sorriso grande, a maneira que passa as mãos pelo cabelo, o jeito de tratar todo mundo, as tuas estrategias de jogos, tua profissão, tuas palavras, tuas roupas e aquele retrato absurdo na sala de estar. Odeio os lençóis que deita, a comida que come, a música que ouve, a música que toca.
Eu odeio
cada vez que sinto raiva  de você e depois amor, cada vez que xingo e depois peço perdão, cada vez que choro por você e depois choro por mim. Odeio minhas fotos na tua estante, aquela bolsa preta que me deu, o livro sobre a resposta do universo, o sol que te deixa mais bonito e odeio te odiar quando você quer me amar.

Sobre Saudade

Meu bem saudade,
dos abraços
que você nunca deu
das palavras
que nunca falou
dos momentos
que nunca vivemos.
Mas tudo bem,
acho que saudade
do que não se viveu
deve doer menos
que a saudade do
que já foi vivido.

Feita para amar

O dia raiou
e findou
que o amor
pregou no
teu peito
e nunca largou

Onde guardo

teu amor em mim
algo assim sem ar e feliz
nuvens no chão 
coberto de ilusão
e se a razão ousar dizer
para o coração esquecer
eu vou beber a vida inteira 
para o meu subconsciente
falar as verdades que nunca 
terei coragem de dizer
aqui em pé 
pra ti

Doçura

Eu sou doce
até quando
amarga.

Amanda



Amanda sofria, 
mais uma vez... 
Desfazia-se em lágrimas, suas pernas não suportava o corpo e o corpo não suportava a alma encharcada. Chovia muito, mas a dor em seu peito era tanta que Amanda não se preocupou em entregar o seu corpo à chuva, lágrimas e gotas de chuvas a abraçavam. Chegou ao seu prédio e ao invés de entrar, apenas encostou-se a porta, carros passavam em alta velocidade, a chuva caia, pessoas passavam por ela, e ninguém ligava para a sua dor, Ninguém sabia o quanto sangrava por dentro. E depois de uns minutos de anestesia deu-se conta da chuva e do frio. Passou a mão nos cabelos, abriu a bolsa, pegou sua chave e entrou no prédio onde morava, subiu três lances de escada, balançando suas chaves, chegou ao apartamento 208 e abriu a porta. Ligou a luz, fechou a porta, abriu a bolsa novamente, pegou sua agenda vermelha, uma caneta preta, sentou-se na mesa de janta, abriu a agenda e desenhou um coração com um raio ao meio, encarou a página por alguns momentos, levantou-se e caminhou para o banheiro. 

Deixou a agenda aberta e naquela página tinha exatos cinco corações desenhados, cada um com um raio ao meio.

@thayssacastro 

Levezas

Voltei a sorrir. Sorrisos largos e sinceros.

A agitação sempre foi boa para o ego, mas o que a minha alma sempre aclamou foi por sossego. Sorrisos de intimidade, família feliz, abraços quando se lava um louça, discursão sobre filmes, planos para ter um cachorro e um novo gato.

No fim, não há fim para o amor, tudo é recomeço.
E eu me vejo feliz novamente.


@thayssacastro

 
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