Amanda sofria,
mais uma vez...
Desfazia-se em
lágrimas, suas pernas não suportava o corpo e o corpo não suportava a alma
encharcada. Chovia muito, mas a dor em seu peito era tanta que Amanda não se
preocupou em entregar o seu corpo à chuva, lágrimas e gotas de chuvas a
abraçavam. Chegou ao seu prédio e ao invés de entrar, apenas encostou-se a
porta, carros passavam em alta velocidade, a chuva caia, pessoas passavam por
ela, e ninguém ligava para a sua dor, Ninguém sabia o quanto sangrava por
dentro. E depois de uns minutos de anestesia deu-se conta da chuva e do frio. Passou
a mão nos cabelos, abriu a bolsa, pegou sua chave e entrou no prédio onde
morava, subiu três lances de escada, balançando suas chaves, chegou ao
apartamento 208 e abriu a porta. Ligou a luz, fechou a porta, abriu a bolsa
novamente, pegou sua agenda vermelha, uma caneta preta, sentou-se na mesa de
janta, abriu a agenda e desenhou um coração com um raio ao meio, encarou a
página por alguns momentos, levantou-se e caminhou para o banheiro.
Deixou a
agenda aberta e naquela página tinha exatos cinco corações desenhados, cada um
com um raio ao meio.
@thayssacastro
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